quinta-feira, 17 de junho de 2010
Métodologia / método / técnica
Animação Sociocultural
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Grelha fílmica "A guerra do fogo"
Director: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny
Roteiro: Gérard Brach
Fotografia: Claude Agostini
Trilha Sonora: Philippe Sarde
Duração: 97 min.
Ano: 1981
País: França/ Canadá
Género: Aventura
Segundo o filme, desde os nossos antepassados que existe uma grande luta pelo poder, neste caso concreto, a luta pelo fogo. Lutava-se por algo que não se conhecia a sua origem, só se sabia que existia, mas não se sabia como. Após se descobrir como se produzia o fogo, as lutas terminaram.
O filme transmite-nos a importância das relações humanas, de como a parte emocional e os afectos são importantes no dia-a-dia dos seres humanos, por mais primórdios que sejam.
Quanto aos aspectos negativos, não encontrei.
Ao longo do filme dei por mim a reflectir muitas vezes sobre a origem do ser humano. O que teve que conquistar, quanto teve que lutar, o que evoluiu…
“A guerra do fogo” reporta-nos para uma realidade que nos faz pensar… Quantos de nós se viu numa situação de luta por algo que queremos muito? No nosso íntimo, no nosso inconsciente,temos impulsos selvagens que numa situação de sobrevivência vêm ao de cima. Reagimos por vezes de forma selvagem e impulsiva quando sentimos em perigo a nossa vida, um ente querido, ou um bem precioso,nesta sociedade que consideramos civilizada e evoluida, tal como reagiam os nossos antepassados pelo fogo.
No entanto, os sentimentos, os afectos, o amor ainda consegue transformar e modificar a vida das pessoas. É com esta esperança que no fundo os seres humanos vivem. Por mais fortes e frios que sejam, os homens procuram sempre o verdadeiro amor.
È um filme que poderá ser analisado pelas diferentes ciências, a antropologia, a sociologia, a psicologia, a história.
Um dia, a chama é roubada por outra tribo, apesar da intensa luta.
Para a reconquistarem enviaram três elementos. Estes homens enfrentaram tempestades, guerras, percorreram vales e montes, enfrentaram tribos inimigas, inclusive canibais, animais selvagens. Depararam-se com tribos mais evoluídas, aprenderam técnicas de artesanato, de pintura corporal, de cerâmica, aprenderam a lançar flechas, a construir cabanas, a conhecer ervas medicinais, a viver de maneira diferente e principalmente aprenderam a arte de produzir o fogo por atrito.
Nesta caminhada, para além de tudo o que foi descrito anteriormente, um dos jovens aprendeu algo que não é quantificável. Sentiram…para além da linguagem, expressões como o sorriso e o humor foram importantes, se bem que de forma involuntária.
O Amor também é transmitido no filme, quando um dos elementos que vai em busca do fogo se apaixona por uma mulher de outra tribo.
A nível Religioso: idolatrar e cuidar de algo valioso (o fogo).
A nível Sexual: promiscuidade, ingenuidade, inexistência de culpa e/ou sentimentos. O modo de como homens e mulheres conviviam.
A nível Cultural: utilização dos símbolos que transformaram o homem.
A nível Educativo: a forma de comunicar, de se expressar, de esta, de se adaptar ao meio.
Dimensões da Educação
- A formal;
- A não formal;
- A informal.
Não existe um consenso generalizado sobre o que é a educação não formal, podemos considerá-la como uma educação não regulada por normas rígidas, aquela que se realiza fora do marco institucional. Como exemplo podemos citar a educação à distância, uma vez que não é presencial e rompe com a definição de espaço e tempo da escola.
Trilla (citado por Lopes, 2006, p.406) “Entendemos por educação não formal o conjunto de processos, meios e instituições específicas e diferencialmente desenhados em função de explícitos objectivos de formação ou de instrução, que não estão directamente dirigidos à provisão de graus próprios do sistema educativo regulamentado.”
Uma das virtualidades educativas da educação não formal consiste em incitar, motivar, potenciar, enquadrar a educação formal através de actividades que conferem sentido, partilha, interacção e envolvência no acto de educar.
Para o mesmo autor a educação formal e não formal distinguem-se, não pelo seu carácter escolar e não escolar, mas sim, pela sua inclusão ou exclusão no sistema educativo regulamentado.
Para Ander-Egg (1999, p.31) a educação não formal também chamada por educação extra-escolar, "é aquela que se dirige a pessoas de todas as idades, escolarizadas ou não, através de uma intervenção educativa fora das instituições educacionais institucionalizadas. Na educação não formal não existe o propásito de obtenção de um reconhecimento oficial, quer seja diploma, crédito, grau académico ou certidão de capacitação."
Assim sendo, desde o ensino pré-escolar aos estudos universitários, podemos concluir que a distinção é meramente administrativa, legal.
“A educação formal resulta de uma acção educativa que requer tempo e aprendizagem, é regida por um sistema formal de administração competente e é levada a cabo na escola. É uma educação dirigida para obtenção de títulos académicos e é concebida para alcançar objectivos previamente definidos por instâncias superiores competentes.” (Lopes, 2006, p.406)
A educação formal pode e deve apoiar-se nos espaços não formais e informais para suscitar mais empenho, mais motivação, mais sentido, mais envolvência, mais humanismo e ter mais êxito. Na mesma linha de pensamento, o autor aborda a tríade educacional formal, não formal e informal como sendo, complementares. Uma não anula a outra, devem coabitar harmoniosamente, pois só assim se contribui para o sucesso educativo da pessoa.
A educação informal é o produto da acção da família e dos meios de comunicação de massas. Caracteriza-se pela ausência de um princípio de sistematização e estrutura orgânica, resulta das relações espontâneas da pessoa com o meio em que está inserida.
“Estas modalidades de aprendizagem não formais, não institucionalizadas prevalecem até aos nossos dias.” (Faure, citado por Lopes, 2006, p.407)
LOPES, Marcelino. (2006). Animação Sociocultural em Portugal. Chaves. Intervenção.
ANDER-EGG, Ezequiel. (1999). O Léxico do Animador. Amarante. ANASC.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Sistema Educativo Português
Educação Pré-escolar
- Cursos científico-humanísticos, vocacionados essencialmente para o prosseguimento de estudos de nível superior;
- Cursos tecnológicos, dirigidos a alunos que desejam entrar no mercado de trabalho, permitindo, igualmente, o prosseguimento de estudos em cursos tecnológicos especializados ou no ensino superior;
- Cursos artísticos especializados, visando assegurar formação artística especializada nas áreas de artes visuais, audiovisuais, dança e música, permitindo a entrada no mundo do trabalho ou o prosseguimento de estudos em cursos pós - secundários não superiores ou, ainda, no ensino superior;
- Cursos profissionais, destinados a proporcionar a entrada no mundo do trabalho, facultando também o prosseguimento de estudos em cursos pós - secundários não superiores ou no ensino superior.
São organizados por módulos em diferentes áreas de formação. Para conclusão de qualquer curso de nível secundário os alunos estão sujeitos a uma avaliação sumativa interna. Para além dessa avaliação, os alunos dos cursos científico-humanísticos são também submetidos a uma avaliação sumativa externa, através da realização de exames nacionais, em determinadas disciplinas previstas na lei. Aos alunos que tenham completado este nível de ensino é atribuído um diploma de estudos secundários. Os cursos tecnológicos, artísticos especializados e profissionais conferem ainda um diploma de qualificação profissional de nível 3. No ensino público, os alunos têm que pagar uma pequena propina anual.Ensino Pós-secundário não superior.
Os cursos de especialização tecnológica (CET) possibilitam percursos de formação especializada em diferentes áreas tecnológicas, permitindo a inserção no mundo do trabalho ou o prosseguimento de estudos de nível superior. A formação realizada nos CET é creditada no âmbito do curso superior em que o aluno seja admitido. A conclusão com aproveitamento de um curso de especialização tecnológica confere um diploma de especialização tecnológica (DET) e qualificação profissional de nível 4, podendo ainda dar acesso a um certificado de aptidão profissional (CAP).
Educação e Formação de Jovens e Adultos
A educação e formação de jovens e adultos oferece uma segunda oportunidade a indivíduos que abandonaram a escola precocemente ou que estão em risco de a abandonar, bem como àqueles que não tiveram oportunidade de a frequentar quando jovens e, ainda, aos que procuram a escola por questões de natureza profissional ou valorização pessoal, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida. No sentido de proporcionar novas vias para aprender e progredir surgiu a Iniciativa "Novas Oportunidades" que define como um dos objectivos principais alargar o referencial mínimo de formação ao 12.º ano de escolaridade e cuja estratégia assenta em dois pilares fundamentais:
- Elevar a formação de base da população activa;
- Tornar o ensino profissionalizante uma opção efectiva para os jovens.
As diferentes modalidades de educação e formação de jovens e adultos permitem adquirir uma certificação escolar e/ou uma qualificação profissional, bem como o prosseguimento de estudos de nível pós-secundário não superior ou o ensino superior. A educação e formação de jovens e adultos compreende as seguintes modalidades:
- Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) adquiridas ao longo da vida, por via formal, informal e não-formal, permitindo aos alunos obter uma dupla certificação académica e profissional. A formação adquirida permite o acesso a empregos mais qualificados e melhor perspectiva de formação ao longo da vida. Este Sistema tem lugar nos Centros Novas Oportunidades, disseminados por todo o país;
- Cursos de Educação e Formação (CEF) para alunos a partir dos 15 anos;
- Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) e Formações Modulares, para alunos maiores de 18 anos;
- "Acções de curta duração S@bER +", para alunos maiores de 18 anos;
- Ensino recorrente do ensino básico e ensino secundário, para alunos maiores de 15 ou maiores de 18 anos para o ensino básico e secundário, respectivamente;
- Sistema Nacional de Aprendizagem, da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para jovens a partir dos 15 anos.
Ensino Superior
O ensino superior está estruturado de acordo com os princípios de Bolonha e visa assegurar uma sólida preparação científica, cultural, artística e tecnológica que habilite para o exercício de actividades profissionais e culturais e para o desenvolvimento das capacidades de concepção, de inovação e de análise crítica.
Em Portugal organiza-se num sistema binário: o ensino universitário e o ensino politécnico, administrados por instituições do ensino superior públicas, privadas ou cooperativas. Para se candidatarem ao acesso ao ensino superior, os alunos têm que satisfazer os seguintes requisitos:
- ter concluído com êxito um curso de ensino secundário superior ou uma qualificação legalmente equivalente;
- ter realizado os necessários exames de admissão para o curso que desejam frequentar com uma classificação mínima de 95 pontos;
- satisfazer os pré-requisitos exigidos (se aplicável) para o curso a que se candidatam.
O ingresso em cada instituição de ensino superior está sujeita a numerus clausus. Alunos maiores de 23 que não possuem habilitações para o ensino superior podem aceder através de exames específicos que provem a sua capacidade para frequentar o curso a que se candidatam. Estes exames são organizados pelos respectivos estabelecimentos de ensino superior. No ensino superior são conferidas as seguintes qualificações académicas: Primeiro grau (licenciado), grau de Mestrado (mestre) e Doutoramento (doutor).
As instituições universitárias e politécnicas conferem graus de licenciado e graus de mestre. O grau de doutor é conferido apenas pelas universidades.Nos Institutos politécnicos, os estudos que conduzem ao grau de licenciado envolvem 6 semestres que correspondem a 180 créditos. Nas Universidades, o ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado tem, normalmente, a duração de 6 a 8 semestres, o que corresponde a 180 ou 240 créditos. O ciclo de estudos que conduz ao grau de Mestre dura entre 3 a 4 semestres, o que corresponde a 90 ou 120 créditos. O grau de doutor, é atribuído a quem tenha obtido aprovação nas unidades curriculares do curso de doutoramento, quando exista, e no acto público de defesa da tese. As instituições de ensino superior podem também ministrar o ensino pós-secundário não superior, para fins de formação profissional especializada.As propinas são fixadas pelas instituições do ensino superior, entre um valor mínimo e máximo, de acordo com o tipo de cursos.