Surge no âmbito da Unidade Curricular Metodologias de Acção Educativa. Esta Unidade Curricular incluí-se no plano de estudos do 3º ano da Licenciatura de Animação Sociocultural.

Pretende-se que este seja um espaço de troca de saberes, divulgação de notícias relacionadas com algumas das minhas paixões, nomeadamente a Animação Sociocultural; pretende ser um espaço dinâmico de reflexão e em constante construção!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Métodologia / método / técnica

A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então, as etapas que se devem seguir num determinado processo. Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc) do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. A metodologia pode ser dividida em vários métodos até chegar num determinado objectivo.
Método (do Grego methodos, met' hodos que significa, literalmente, "caminho para chegar a um fim"). “O método é o caminho que se deve seguir para alcançar a verdade nas ciências.” (Descartes, 1981) O método consiste, então, no processo de pesquisa e na recolha do caminho que nos irá levar ao objectivo pretendido. É um processo racional e sistemático, e implica o recurso a técnicas adequadas ao objecto de investigação.
Segundo Grawitz (1993, citado por Carmo, 1997, p.175), "métodos é um conjunto concertado de operações que são realizadas para atingir um ou mais objectivos, um corpo de princípios que presidem a toda a investigação organizada, um conjunto de normas que permitem seleccionar e coordenar as técnicas".
Os métodos constituem de maneira mais ou menos abstracta ou concreta, precisa ou vaga, um plano de trabalho em função de uma determinada finalidade.Assim sendo, entende-se por método um conjunto de procedimentos utilizados pelo pensamento para atingir o conhecimento, recorrendo para o efeito, a determinadas técnicas que deverão ser criteriosamente selecionadas tendo em conta o tipo de trabalho.
A mesma autora define técnicas como procedimentos operatórios rigorosos, bem definidos, transmissíveis, susceptíveis de serem novamente aplicados nas mesmas condições, adaptados ao tipo de problema e aos fenómenos em causa. A escolha das técnicas depende do objectivo que se quer atingir, o qual, por sua vez, está ligado ao método.
Numa visão mais humana a Vikipédia define técnica como sendo o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objectivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra actividade. Estes procedimentos não excluem a criatividade como factor importante da técnica, como os conhecimentos técnicos e a capacidade de improvisação. A técnica não é privativa do homem, pois também se manifesta na actividade de todo ser vivo e responde a uma necessidade de sobrevivência. No animal, a técnica é característica de cada espécie. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e caracteriza-se por ser consciente, reflexiva, inventiva e fundamentalmente individual. O indivíduo aprende-a e fá-la progredir.
Só os humanos são capazes de construir, com a imaginação, algo que logo podem concretizar na realidade. Campos de acção: o campo da técnica e da Tecnologia responde ao interesse e à vontade do homem de transformar o seu ambiente, procurando novas e melhores formas de satisfazer as suas necessidades ou os seus desejos. Esta actividade humana e ao seu produto resultante, chamamos técnica e Tecnologia, segundo o caso. A técnica também pode ser passada de geração para geração. A palavra tem origem do grego techné cuja tradução é arte. A técnica, portanto, confundia-se com a arte, tendo sido separada desta ao longo dos tempos.

Animação Sociocultural

“(…) a animação sociocultural parte de uma atitude de não indiferença face aos problemas e necessidades de uma dada comunidade, da sua hierarquização em ordem à sua resolução no quadro do bem comum e do bem particular de cada um dos membros da mesma comunidade (…)
Assim como apreensão dos valores implica sentimento-juízo-acção, assim também será tarefa do animador olhar-pensar-realizar os valores na sua própria acção e, porque esta acção é acção educativa, também promover a sua realização por outros (...)
Na animação sociocultural, como em geral na educação partimos, não do Ser, mas do ser dinâmico dos seres humanos, da sua relação com os seres, em vista de eles próprios serem mais e melhor”. (Azevedo, 2008)
Partindo da citação supracitada, a Animação Sociocultural propõem, uma Educação e uma Formação transformadoras e comprometidas com os valores da igualdade, da democracia, do diálogo, da justiça social, baseadas numa participação activa para daí resultar uma democracia como prática vivenciada.
A Cidadania passa a ser cada vez mais um processo participante pela contribuição dos individuos que colaboram com a sua reflexão e crítica colectiva para o debate público, criando assim uma sociedade cívil participativa. Este processo de participação activa por parte dos cidadãos acerca da Cidadania leva-nos a perceber que o contexto sócio - cultural é fundamental na contribuição para a evolução.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Grelha fílmica "A guerra do fogo"

Ficha Técnica

Director: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny
Roteiro: Gérard Brach
Fotografia: Claude Agostini
Trilha Sonora: Philippe Sarde
Duração: 97 min.
Ano: 1981
País: França/ Canadá
Género: Aventura
Análise Globalizante
Exposição dasideias principais - Considero um filme muito bom do ponto de vista cinematográfico. As personagens apresentam uma boa caracterização e exibe filmagens de locais absolutamente maravilhosos. Para além de tudo isto, transmite várias mensagens importantes para as nossas vidas.

Segundo o filme, desde os nossos antepassados que existe uma grande luta pelo poder, neste caso concreto, a luta pelo fogo. Lutava-se por algo que não se conhecia a sua origem, só se sabia que existia, mas não se sabia como. Após se descobrir como se produzia o fogo, as lutas terminaram.
O filme transmite-nos a importância das relações humanas, de como a parte emocional e os afectos são importantes no dia-a-dia dos seres humanos, por mais primórdios que sejam.
Apresentação dos aspectos positivos / negativos - Apesar do filme não ter legendas, é bastante perceptível. As mensagens são transmitidas com muita transparência.
Quanto aos aspectos negativos, não encontrei.
Pertinência pedagógica - Este filme faz-nos reflectir sobre a origem do Homem.
Ao longo do filme dei por mim a reflectir muitas vezes sobre a origem do ser humano. O que teve que conquistar, quanto teve que lutar, o que evoluiu…

“A guerra do fogo” reporta-nos para uma realidade que nos faz pensar… Quantos de nós se viu numa situação de luta por algo que queremos muito? No nosso íntimo, no nosso inconsciente,temos impulsos selvagens que numa situação de sobrevivência vêm ao de cima. Reagimos por vezes de forma selvagem e impulsiva quando sentimos em perigo a nossa vida, um ente querido, ou um bem precioso,nesta sociedade que consideramos civilizada e evoluida, tal como reagiam os nossos antepassados pelo fogo.

No entanto, os sentimentos, os afectos, o amor ainda consegue transformar e modificar a vida das pessoas. É com esta esperança que no fundo os seres humanos vivem. Por mais fortes e frios que sejam, os homens procuram sempre o verdadeiro amor.

È um filme que poderá ser analisado pelas diferentes ciências, a antropologia, a sociologia, a psicologia, a história.
Palavras-chave - Fogo – Luta – Culturas – Humanidade – Sensações - Sentimentos
Análise Concentrada
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história) - Este filme narra a história de uma tribo que tinha na sua posse um elemento muito importante, o fogo. Possuíam o elemento, mas desconheciam a forma de produção.
Um dia, a chama é roubada por outra tribo, apesar da intensa luta.
Para a reconquistarem enviaram três elementos. Estes homens enfrentaram tempestades, guerras, percorreram vales e montes, enfrentaram tribos inimigas, inclusive canibais, animais selvagens. Depararam-se com tribos mais evoluídas, aprenderam técnicas de artesanato, de pintura corporal, de cerâmica, aprenderam a lançar flechas, a construir cabanas, a conhecer ervas medicinais, a viver de maneira diferente e principalmente aprenderam a arte de produzir o fogo por atrito.
Nesta caminhada, para além de tudo o que foi descrito anteriormente, um dos jovens aprendeu algo que não é quantificável. Sentiram…para além da linguagem, expressões como o sorriso e o humor foram importantes, se bem que de forma involuntária.
O Amor também é transmitido no filme, quando um dos elementos que vai em busca do fogo se apaixona por uma mulher de outra tribo.
Auto-avaliação - Considero que seja um filme muito bom. Dou-lhe nota 5.
A nível Social: viver em grupo e proteger o espaço territorial.
A nível Religioso: idolatrar e cuidar de algo valioso (o fogo).
A nível Sexual: promiscuidade, ingenuidade, inexistência de culpa e/ou sentimentos. O modo de como homens e mulheres conviviam.
A nível Cultural: utilização dos símbolos que transformaram o homem.
A nível Educativo: a forma de comunicar, de se expressar, de esta, de se adaptar ao meio.

Dimensões da Educação

No universo educativo existem três áreas de educação:
  • A formal;
  • A não formal;
  • A informal.


Não existe um consenso generalizado sobre o que é a educação não formal, podemos considerá-la como uma educação não regulada por normas rígidas, aquela que se realiza fora do marco institucional. Como exemplo podemos citar a educação à distância, uma vez que não é presencial e rompe com a definição de espaço e tempo da escola.
Trilla (citado por Lopes, 2006, p.406) “Entendemos por educação não formal o conjunto de processos, meios e instituições específicas e diferencialmente desenhados em função de explícitos objectivos de formação ou de instrução, que não estão directamente dirigidos à provisão de graus próprios do sistema educativo regulamentado.”

Uma das virtualidades educativas da educação não formal consiste em incitar, motivar, potenciar, enquadrar a educação formal através de actividades que conferem sentido, partilha, interacção e envolvência no acto de educar.


Para o mesmo autor a educação formal e não formal distinguem-se, não pelo seu carácter escolar e não escolar, mas sim, pela sua inclusão ou exclusão no sistema educativo regulamentado.
Para Ander-Egg (1999, p.31) a educação não formal também chamada por educação extra-escolar, "é aquela que se dirige a pessoas de todas as idades, escolarizadas ou não, através de uma intervenção educativa fora das instituições educacionais institucionalizadas. Na educação não formal não existe o propásito de obtenção de um reconhecimento oficial, quer seja diploma, crédito, grau académico ou certidão de capacitação."


Assim sendo, desde o ensino pré-escolar aos estudos universitários, podemos concluir que a distinção é meramente administrativa, legal.
“A educação formal resulta de uma acção educativa que requer tempo e aprendizagem, é regida por um sistema formal de administração competente e é levada a cabo na escola. É uma educação dirigida para obtenção de títulos académicos e é concebida para alcançar objectivos previamente definidos por instâncias superiores competentes.” (Lopes, 2006, p.406)


A educação formal pode e deve apoiar-se nos espaços não formais e informais para suscitar mais empenho, mais motivação, mais sentido, mais envolvência, mais humanismo e ter mais êxito. Na mesma linha de pensamento, o autor aborda a tríade educacional formal, não formal e informal como sendo, complementares. Uma não anula a outra, devem coabitar harmoniosamente, pois só assim se contribui para o sucesso educativo da pessoa.


A educação informal é o produto da acção da família e dos meios de comunicação de massas. Caracteriza-se pela ausência de um princípio de sistematização e estrutura orgânica, resulta das relações espontâneas da pessoa com o meio em que está inserida.
“Estas modalidades de aprendizagem não formais, não institucionalizadas prevalecem até aos nossos dias.” (Faure, citado por Lopes, 2006, p.407)

LOPES, Marcelino. (2006). Animação Sociocultural em Portugal. Chaves. Intervenção.

ANDER-EGG, Ezequiel. (1999). O Léxico do Animador. Amarante. ANASC.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sistema Educativo Português


Educação Pré-escolar
A educação pré-escolar destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a entrada na escolaridade obrigatória; é de frequência facultativa e é ministrada em jardins-de-infância públicos ou privados. Os jardins-de-infância públicos são gratuitos.
Escolaridade Obrigatória - Ensino Básico
Níveis
O ensino básico corresponde à escolaridade obrigatória; tem a duração de nove anos, dos 6 aos 15 anos de idade e organiza-se em três ciclos sequenciais.
No 1.º ciclo, o ensino é global e visa o desenvolvimento de competências básicas em Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio e Expressões. Com a implementação da escola a tempo inteiro, através do alargamento do horário de funcionamento para um mínimo de oito horas diárias, as escolas promovem actividades de enriquecimento curricular, nomeadamente o ensino obrigatório do Inglês, o apoio ao estudo para todos os alunos, a actividade física e desportiva, o ensino da Música e de outras expressões artísticas e de outras línguas estrangeiras.
O 1º ciclo funciona em regime de monodocência, com recurso a professores especializados em determinadas áreas.
No 2.º ciclo, o ensino está organizado por disciplinas e áreas de estudo pluridisciplinares.
No 3.º ciclo, o ensino está organizado por disciplinas. Os principais objectivos deste ciclo são o desenvolvimento de saberes e competências necessários à entrada na vida activa ou ao prosseguimento de estudos.
Os 2.º e 3.º ciclos funcionam em regime de pluridocência, com professores especializados nas diferentes áreas disciplinares ou disciplinas.
O ensino das TIC é introduzido no 8.º ano nas áreas curriculares não disciplinares, de preferência na área de projecto, e como disciplina obrigatória no 9.º ano de escolaridade.
No ensino básico é obrigatória a aprendizagem de duas línguas estrangeiras, entre Inglês, Francês, Alemão e Espanhol. Ao longo do ensino básico os alunos são sujeitos à avaliação sumativa interna; para além disso, no final do 3.º ciclo, os alunos são submetidos à avaliação sumativa externa, através da realização de exames nacionais nas disciplinas de Português e Matemática. Aos alunos que completam com sucesso o 3.º ciclo é atribuído o diploma do ensino básico. O ensino público é gratuito.
Ensino Secundário
Para acederem a qualquer curso do ensino secundário os alunos devem ter concluído a escolaridade obrigatória ou possuir habilitação equivalente. O ensino secundário está organizado segundo formas diferenciadas, orientadas quer para o prosseguimento de estudos quer para o mundo do trabalho. O currículo dos cursos de nível secundário tem um referencial de três anos lectivos e compreende quatro tipos de cursos:
  • Cursos científico-humanísticos, vocacionados essencialmente para o prosseguimento de estudos de nível superior;
  • Cursos tecnológicos, dirigidos a alunos que desejam entrar no mercado de trabalho, permitindo, igualmente, o prosseguimento de estudos em cursos tecnológicos especializados ou no ensino superior;
  • Cursos artísticos especializados, visando assegurar formação artística especializada nas áreas de artes visuais, audiovisuais, dança e música, permitindo a entrada no mundo do trabalho ou o prosseguimento de estudos em cursos pós - secundários não superiores ou, ainda, no ensino superior;
  • Cursos profissionais, destinados a proporcionar a entrada no mundo do trabalho, facultando também o prosseguimento de estudos em cursos pós - secundários não superiores ou no ensino superior.

São organizados por módulos em diferentes áreas de formação. Para conclusão de qualquer curso de nível secundário os alunos estão sujeitos a uma avaliação sumativa interna. Para além dessa avaliação, os alunos dos cursos científico-humanísticos são também submetidos a uma avaliação sumativa externa, através da realização de exames nacionais, em determinadas disciplinas previstas na lei. Aos alunos que tenham completado este nível de ensino é atribuído um diploma de estudos secundários. Os cursos tecnológicos, artísticos especializados e profissionais conferem ainda um diploma de qualificação profissional de nível 3. No ensino público, os alunos têm que pagar uma pequena propina anual.Ensino Pós-secundário não superior.

Os cursos de especialização tecnológica (CET) possibilitam percursos de formação especializada em diferentes áreas tecnológicas, permitindo a inserção no mundo do trabalho ou o prosseguimento de estudos de nível superior. A formação realizada nos CET é creditada no âmbito do curso superior em que o aluno seja admitido. A conclusão com aproveitamento de um curso de especialização tecnológica confere um diploma de especialização tecnológica (DET) e qualificação profissional de nível 4, podendo ainda dar acesso a um certificado de aptidão profissional (CAP).

Educação e Formação de Jovens e Adultos

A educação e formação de jovens e adultos oferece uma segunda oportunidade a indivíduos que abandonaram a escola precocemente ou que estão em risco de a abandonar, bem como àqueles que não tiveram oportunidade de a frequentar quando jovens e, ainda, aos que procuram a escola por questões de natureza profissional ou valorização pessoal, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida. No sentido de proporcionar novas vias para aprender e progredir surgiu a Iniciativa "Novas Oportunidades" que define como um dos objectivos principais alargar o referencial mínimo de formação ao 12.º ano de escolaridade e cuja estratégia assenta em dois pilares fundamentais:

  • Elevar a formação de base da população activa;
  • Tornar o ensino profissionalizante uma opção efectiva para os jovens.

As diferentes modalidades de educação e formação de jovens e adultos permitem adquirir uma certificação escolar e/ou uma qualificação profissional, bem como o prosseguimento de estudos de nível pós-secundário não superior ou o ensino superior. A educação e formação de jovens e adultos compreende as seguintes modalidades:

  • Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) adquiridas ao longo da vida, por via formal, informal e não-formal, permitindo aos alunos obter uma dupla certificação académica e profissional. A formação adquirida permite o acesso a empregos mais qualificados e melhor perspectiva de formação ao longo da vida. Este Sistema tem lugar nos Centros Novas Oportunidades, disseminados por todo o país;
  • Cursos de Educação e Formação (CEF) para alunos a partir dos 15 anos;
  • Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) e Formações Modulares, para alunos maiores de 18 anos;
  • "Acções de curta duração S@bER +", para alunos maiores de 18 anos;
  • Ensino recorrente do ensino básico e ensino secundário, para alunos maiores de 15 ou maiores de 18 anos para o ensino básico e secundário, respectivamente;
  • Sistema Nacional de Aprendizagem, da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para jovens a partir dos 15 anos.


Ensino Superior

O ensino superior está estruturado de acordo com os princípios de Bolonha e visa assegurar uma sólida preparação científica, cultural, artística e tecnológica que habilite para o exercício de actividades profissionais e culturais e para o desenvolvimento das capacidades de concepção, de inovação e de análise crítica.

Em Portugal organiza-se num sistema binário: o ensino universitário e o ensino politécnico, administrados por instituições do ensino superior públicas, privadas ou cooperativas. Para se candidatarem ao acesso ao ensino superior, os alunos têm que satisfazer os seguintes requisitos:

  • ter concluído com êxito um curso de ensino secundário superior ou uma qualificação legalmente equivalente;
  • ter realizado os necessários exames de admissão para o curso que desejam frequentar com uma classificação mínima de 95 pontos;
  • satisfazer os pré-requisitos exigidos (se aplicável) para o curso a que se candidatam.

O ingresso em cada instituição de ensino superior está sujeita a numerus clausus. Alunos maiores de 23 que não possuem habilitações para o ensino superior podem aceder através de exames específicos que provem a sua capacidade para frequentar o curso a que se candidatam. Estes exames são organizados pelos respectivos estabelecimentos de ensino superior. No ensino superior são conferidas as seguintes qualificações académicas: Primeiro grau (licenciado), grau de Mestrado (mestre) e Doutoramento (doutor).

As instituições universitárias e politécnicas conferem graus de licenciado e graus de mestre. O grau de doutor é conferido apenas pelas universidades.Nos Institutos politécnicos, os estudos que conduzem ao grau de licenciado envolvem 6 semestres que correspondem a 180 créditos. Nas Universidades, o ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado tem, normalmente, a duração de 6 a 8 semestres, o que corresponde a 180 ou 240 créditos. O ciclo de estudos que conduz ao grau de Mestre dura entre 3 a 4 semestres, o que corresponde a 90 ou 120 créditos. O grau de doutor, é atribuído a quem tenha obtido aprovação nas unidades curriculares do curso de doutoramento, quando exista, e no acto público de defesa da tese. As instituições de ensino superior podem também ministrar o ensino pós-secundário não superior, para fins de formação profissional especializada.As propinas são fixadas pelas instituições do ensino superior, entre um valor mínimo e máximo, de acordo com o tipo de cursos.