Surge no âmbito da Unidade Curricular Metodologias de Acção Educativa. Esta Unidade Curricular incluí-se no plano de estudos do 3º ano da Licenciatura de Animação Sociocultural.

Pretende-se que este seja um espaço de troca de saberes, divulgação de notícias relacionadas com algumas das minhas paixões, nomeadamente a Animação Sociocultural; pretende ser um espaço dinâmico de reflexão e em constante construção!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Para Reflectir...

Quando uma velha senhora morreu na secção para o tratamento de doenças da velhice numa pequena clínica perto de Dundee, na Escócia. Todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.


Então, quando as enfermeiras verificaram seus pertences, eles encontraram um poema.

Sua qualidade e conteúdo empressionaram todas as pessoas, e todos as enfermeiras queriam uma cópia de mim.


Uma delas levou uma cópia para a Irlanda. A única herança que a velha deixou a seus sucessores foi publicado na edição de Natal da notícia da União para a Saúde Mental na Irlanda do Norte.


Este poema, simples mas eloquente, também foi apresentado.


Então, esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anónimo" que circula na internet.



"A Velha Rabugenta"



Que vêm amigos?

Que vêm?

Que pensam quando me olham?


Uma velha rabugenta

não muito inteligente

de hábitos incertos,

com seus olhos sonhadores

fixos ao longe?


A velha que cospe comida

que não responde

ao tentar ser convencida...

"De, fazer

um pequeno esforço?"


A velha,

que vocês acreditam

que não se dá conta

das coisas que vocês fazem

e que continuadamente

perde a sua escova ou

o sapato?


A velha,

que contra a sua vontade,

mas humildemente lhes permite

a fazer o que queiram,

que me banhem e me alimentem

só para o dia passar mais

depressa...


É isso que vocês acham?

É isso que vocês vêm?


Se assim for,

abram os olhos, amigas,

porque

isso que vocês vêm

não sou eu!


Vou lhes dizer quem sou,

quando estou sentada aqui,

tão tranquila

como me ordenaram...


Sou uma menina de 10 anos,

que tem pai e mãe,

irmãos e irmãs que se

amam.


Sou uma jovenzinha de 16 anos.

Com asas nos pés, e que sonha

encontrar seu amado.


Sou uma noiva aos 20,

Que o coração salta nas

lembranças,

Quando me uniu até o fim de

meus dias

com o AMOR de minha vida.


Sou ainda uma moça com 25 anos,

Que tem seus filhos,

Que precisam que eu os guie...

Tenho um lugar seguro e feliz!


Sou a mulher com 30 anos,

Onde os filhos crescem rápido,

E estamos unidos com laços que

deveriam durar para sempre...


Quando tenho 40 anos

Meus filhos já cresceram

E não estão em casa...

Mas ao meu lado está meu marido

Que me acalente

quando estou triste.


Aos cinquenta, mais uma vez

Comigo deixam os bebés,

meus netos,

e de novo tenho a alegria das

crianças,

meus entes queridos junto a mim.


Aos 65 anos,

sobre mim nuvens escuras

aparecem,

meu marido está morto;

e quando olho meu futuro

me arrepio toda de terror.


os meus filhos se foram,

e agora tem

os seus próprios filhos...

Então penso

em tudo o que aconteceu e no

amor que conheci.


Agora sou uma velha.

Que cruel é a natureza...

A velhice é uma piada

Que transforma um ser humano

Num alienado.


O corpo murcha

Os atrativos e a força desaparecem

Ali, onde uma vez teve um coração

Agora há uma pedra.


No entanto,

nestas ruínas, a menina de 16 anos

ainda está viva.


E o meu coração cansado,

ainda está repleto de sentimentos

vivos e conhecidos.


Recordo os dias felizes e tristes

Em meus pensamentos volto a amar

e a viver o meu passado.


Penso em todos esses anos

Que foram,

ao mesmo tempo poucos

Mas que passaram muito rápido,

E aceito o inevitável...

Que nada pode durar para sempre...


Por isso, abram seus olhos e

Vejam

Diante de vocês não está uma

velha mal-humurada

Diante de vocês estou apenas

"EU..."

Uma menina, mulher e senhora

Viva...!! E com todos os

sentimentos de uma vida...


Lembrem deste poema da próxima vez que se encontrarem com uma pessoa idosa mal-humurada e não a rejeitem, sem olhar primeiro a SUA ALMA JOVEM.


Você... vai estar algum dia em seu lugar...


Google tradutor - by schweps

Investigação/Acção em Animação Sociocultural

Entende-se por Investigação/Acção, como sendo uma metodologia orientada para a melhoria da prática nos diversos campos da acção.
Trilla (2004), fala-nos do duplo objectivo básico e essencial. Por um lado, obtém melhores resultados naquilo que se faz e, por outro, facilita o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha.

Esta metodologia orienta-se à melhoria das práticas mediante a mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas mudanças. Permite ainda a participação de todos os implicados. Desenvolve-se numa espiral de ciclos de planificação, acção, observação e reflexão. É, portanto, um processo sistemático de aprendizagem orientado para a praxis, exigindo que esta seja submetida à prova, permitindo dar uma justificação a partir do trabalho, mediante uma argumentação desenvolvida, comprovada e cientificamente examinada.

Na opinião de Froufe Quintas (1998), a Investigação/Acção pode ajudar animador a “desenvolver estratégias e métodos” para que a sua actuação seja mais adequada, bem como, “propiciar técnicas e instrumentos de análise da realidade, assim como formas de recolha e análise de dados.” O contributo desta metodologia é necessária para uma reflexão sistemática sobre a prática educativa com o objectivo de a transformar e melhorar. E este é o grande desafio que se impõe a todos nós, actores empenhados e envolvidos nesta dinâmica de acção na intervenção educativa.

A Investigação/Acção no campo da animação é muito escassa, diz-nos Serrano (citado por Trilla, 2004), porém, os que se dedicam a estes assuntos têm dado prioridade à acção.

"A investigação em animação sociocultural:

  • Tenta qualificar a animação de forma directa e indirecta, apesar dos resultados produzirem efeitos a médio ou a longo prazo.
  • Introduz uma certa racionalidade nas práticas e exprime o seu entusiasmo em conhecer as características dessa mesma realidade.
  • Contribuir para sistematizar o processo de aplicação da mesma, orientado para dar forma à nossa acção criticamente informada e comprometida através da qual possamos viver, consequentemente, os seus valores." (Ibidem)


Trilla (2004) apresenta-nos 2 tipos de metodologias que caracterizam a investigação em animação. Por um lado, as Metodologias Quantitativas e Empírico/Analíticas que se centra nos aspectos quantitativos dos fenómenos sociais e educativos. No entanto, o seu âmbito de aplicação fica reduzido a fenómenos observáveis susceptíveis de mediação, controlo experimental e análise estatística.
Ainda que esta perspectiva metodológica não possa abordar oa múltiplos aspectos da realiddae sociocultural e educativa, as suas contribuiçoes são muito valiosas.
As Metodologias Qualitativas e Humanístico - Interpretativas e Orientadas para a Mudança, orienta-se para a descrição e a interpretação dos fenómenos socioculturais e interessa-se pelo estudo dos significados e intenções das acções a partir da perspectiva dos próprios agentes sociais.

Como metodologias orientadas para a mudança, podemos aludir à Investigação/Acção; à Investigação Participativa e Avaliativa.


Investigação/Acção, metodologia de investigação orientada para o aperfeiçoamento da prática mediante a mudança e para a aprendizagem a partir das consequências das mudanças: é participativa; segue uma espiral de ciclos de planificação, acção, observação e reflexão.

A Investigação/Acção deve estar definida por um plano de investigação e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos e regras. São as chamadas fases neste processo metodológico.

De entre várias propostas destacaremos a proposta apresentada por Pérez Serrano.
Na perspectiva de Perez Serrano (citado por Trilla, 2004), um processo de Investigação/Acção tem de passar pelas seguintes fases:
1. Diagnosticar ou descobrir uma preocupação temática «problema».
2. Construção de um plano de acção.
3. Proposta prática do plano e observação da maneira como funciona.
4. Reflexão, interpretação e integração de resultados. Replanificação.


TRILLA, Jaume (coord.). (2004). Animação Sociocultural Teorias Programas e Âmbitos. Lisboa. Instituto Piaget.
QUINTAS, Sindo Froufe. (1998). Las Técnicas de Grupo en la Animación Comunitaria. Salamanca: Amarú Ediciones.


Metodologia de Trabalho de Projecto

A Metodologia de Trabalho de Projecto é uma proposta pedagógica recente que torna possível o desencadear de um verdadeiro crescimento profissional e pessoal.

Segundo Barbier, a Metodologia de Trabalho de Projecto caracteriza-se por ser desenvolvida em equipa, com pesquisa no terreno, por dinamizar a relação teoria-prática e aprender, num processo aberto, produzir conhecimentos sobre os temas em estudo ou intervir sobre os problemas identificados. Todo o desenvolvimento parte de uma planificação flexivel e passivel de ser alterada segundo as necessidades do projecto.
Na teoria integra conhecimentos adquiridos e desencadeia a aquisição de novos conhecimentos e experiências.
Na prática humaniza-se e socializa-se o saber.
É uma metodologia que trabalha a antecipação e mobilização da acção e a transformação.

Objectivos:
  • Desenvolver trabalho em equipa
  • Identificar e possibilitar a compreensão dos problemas
  • Perceber o investigador como Pessoa Reflexiva
  • Possibilitar o crescimento/desenvolvimento a todos os níveis
  • Promover todos e cada um
  • Estimular a cooperação entre os elementos de comunidade educativa
  • Permitir o desenvolvimento equilibrado da Pessoa Humana
  • Privilegiar as dinânicas de grupo
  • Contribuir para a maturação da pessoa

Etapas:

  • Escolha do problema
    - Em discussão, a equipa detecta um problema;
    - Em pequenos grupos , formulam-se problemas mais concretos;
  • Estabelecer Plano de Acção
    - Como se vai proceder;
    - Que dados precisam de recolher;
    - Onde poderão obtê-los;
    - Divisão de plano em tarefas;
  • Partida para o campo
    - Contacto com a realidade;
    - Encontro de equipas, de tempo a tempos, para reflectir sobre o que se está a fazer;
    - Poder haver reformulação do problema inicial perante novos problemas que, no entanto, tenham surgido;
    - Novas interrogações;
  • Organização dos dados obtidos
    - Estudar material;
    - Confrontar dados;
    - Discussão, análise, organização de dados e encontro de algumas respostas;
  • Dar a conhecer aos outros os resultados obtidos.

Avaliação:

"É um conjunto de actividades que serevm para emitir um juízo, fazer uma onderação ou medir "algo"". Ander-Egg


  • A avaliação não é sinónimo de "classificação" devendo cumprir outros objectivos; não é só a certificação de resultados alcançados devendo cumprir outras funções. Não é só o controlo dos intervenientes devendo atender a outras dimensões. A avaliação não deve limitar-se a padronizar os avaliados. Em animação sociocultural a avaliação não se realiza só no final do processo, devendo realiuzar-se em outros momentos

No processo de avaliação, para Rivière devemos ter em conta:

  • Quem avalia
    Vários agentes o podem fazer: o animador, os administradores, os responsaveis pelos diferentes orgãos, como as associaçoes, etc. Existem vários níveis de decisão e o ponto de entrada no sistema avaliativo é a decisão subsequente e quem a toma.
  • O que avaliar
    O objecto de avaliação pode ser encontados entre uma multiplicidade de aspectos. Está contido em diferentes níveis de decisão:
    - nível do animador;
    - nível dos intervenientes;
    - nível do projecto;
    - nível da instituição;
  • Como se avalia
    Sobre os meios, os processos e as técnicas de avaliação existem formas de obtenção e captação de dados, desde o questionário ao registo video, passando pela entrevista, testes padronizados e fichas de observação.
  • Quando se avalia
    Diz respeito à inserção de acção avaliativa no processo sociocultural. Usualmente refere-se à avaliação inicial, avaliação final, avaliação do processo, seja contínua ou pontual, como os momentos de avaliação.
  • Porquê avaliar
    O porque de se avalair encerra uma série de paradigmas relacionados com a própria avaliação, o que está em causa são as justificações filosóficas que guiam e estão subjacentes às acções avaliativas.
  • Para que se avalia
    Está relacionado com as funções de avaliação, admite-se que as decisões avaliativas cumpram 4 funções:
    - Diagnóstica
    - Prognóstica
    - Formativa
    - Sumativa