Surge no âmbito da Unidade Curricular Metodologias de Acção Educativa. Esta Unidade Curricular incluí-se no plano de estudos do 3º ano da Licenciatura de Animação Sociocultural.

Pretende-se que este seja um espaço de troca de saberes, divulgação de notícias relacionadas com algumas das minhas paixões, nomeadamente a Animação Sociocultural; pretende ser um espaço dinâmico de reflexão e em constante construção!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Para Reflectir...

Quando uma velha senhora morreu na secção para o tratamento de doenças da velhice numa pequena clínica perto de Dundee, na Escócia. Todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.


Então, quando as enfermeiras verificaram seus pertences, eles encontraram um poema.

Sua qualidade e conteúdo empressionaram todas as pessoas, e todos as enfermeiras queriam uma cópia de mim.


Uma delas levou uma cópia para a Irlanda. A única herança que a velha deixou a seus sucessores foi publicado na edição de Natal da notícia da União para a Saúde Mental na Irlanda do Norte.


Este poema, simples mas eloquente, também foi apresentado.


Então, esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anónimo" que circula na internet.



"A Velha Rabugenta"



Que vêm amigos?

Que vêm?

Que pensam quando me olham?


Uma velha rabugenta

não muito inteligente

de hábitos incertos,

com seus olhos sonhadores

fixos ao longe?


A velha que cospe comida

que não responde

ao tentar ser convencida...

"De, fazer

um pequeno esforço?"


A velha,

que vocês acreditam

que não se dá conta

das coisas que vocês fazem

e que continuadamente

perde a sua escova ou

o sapato?


A velha,

que contra a sua vontade,

mas humildemente lhes permite

a fazer o que queiram,

que me banhem e me alimentem

só para o dia passar mais

depressa...


É isso que vocês acham?

É isso que vocês vêm?


Se assim for,

abram os olhos, amigas,

porque

isso que vocês vêm

não sou eu!


Vou lhes dizer quem sou,

quando estou sentada aqui,

tão tranquila

como me ordenaram...


Sou uma menina de 10 anos,

que tem pai e mãe,

irmãos e irmãs que se

amam.


Sou uma jovenzinha de 16 anos.

Com asas nos pés, e que sonha

encontrar seu amado.


Sou uma noiva aos 20,

Que o coração salta nas

lembranças,

Quando me uniu até o fim de

meus dias

com o AMOR de minha vida.


Sou ainda uma moça com 25 anos,

Que tem seus filhos,

Que precisam que eu os guie...

Tenho um lugar seguro e feliz!


Sou a mulher com 30 anos,

Onde os filhos crescem rápido,

E estamos unidos com laços que

deveriam durar para sempre...


Quando tenho 40 anos

Meus filhos já cresceram

E não estão em casa...

Mas ao meu lado está meu marido

Que me acalente

quando estou triste.


Aos cinquenta, mais uma vez

Comigo deixam os bebés,

meus netos,

e de novo tenho a alegria das

crianças,

meus entes queridos junto a mim.


Aos 65 anos,

sobre mim nuvens escuras

aparecem,

meu marido está morto;

e quando olho meu futuro

me arrepio toda de terror.


os meus filhos se foram,

e agora tem

os seus próprios filhos...

Então penso

em tudo o que aconteceu e no

amor que conheci.


Agora sou uma velha.

Que cruel é a natureza...

A velhice é uma piada

Que transforma um ser humano

Num alienado.


O corpo murcha

Os atrativos e a força desaparecem

Ali, onde uma vez teve um coração

Agora há uma pedra.


No entanto,

nestas ruínas, a menina de 16 anos

ainda está viva.


E o meu coração cansado,

ainda está repleto de sentimentos

vivos e conhecidos.


Recordo os dias felizes e tristes

Em meus pensamentos volto a amar

e a viver o meu passado.


Penso em todos esses anos

Que foram,

ao mesmo tempo poucos

Mas que passaram muito rápido,

E aceito o inevitável...

Que nada pode durar para sempre...


Por isso, abram seus olhos e

Vejam

Diante de vocês não está uma

velha mal-humurada

Diante de vocês estou apenas

"EU..."

Uma menina, mulher e senhora

Viva...!! E com todos os

sentimentos de uma vida...


Lembrem deste poema da próxima vez que se encontrarem com uma pessoa idosa mal-humurada e não a rejeitem, sem olhar primeiro a SUA ALMA JOVEM.


Você... vai estar algum dia em seu lugar...


Google tradutor - by schweps

Investigação/Acção em Animação Sociocultural

Entende-se por Investigação/Acção, como sendo uma metodologia orientada para a melhoria da prática nos diversos campos da acção.
Trilla (2004), fala-nos do duplo objectivo básico e essencial. Por um lado, obtém melhores resultados naquilo que se faz e, por outro, facilita o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha.

Esta metodologia orienta-se à melhoria das práticas mediante a mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas mudanças. Permite ainda a participação de todos os implicados. Desenvolve-se numa espiral de ciclos de planificação, acção, observação e reflexão. É, portanto, um processo sistemático de aprendizagem orientado para a praxis, exigindo que esta seja submetida à prova, permitindo dar uma justificação a partir do trabalho, mediante uma argumentação desenvolvida, comprovada e cientificamente examinada.

Na opinião de Froufe Quintas (1998), a Investigação/Acção pode ajudar animador a “desenvolver estratégias e métodos” para que a sua actuação seja mais adequada, bem como, “propiciar técnicas e instrumentos de análise da realidade, assim como formas de recolha e análise de dados.” O contributo desta metodologia é necessária para uma reflexão sistemática sobre a prática educativa com o objectivo de a transformar e melhorar. E este é o grande desafio que se impõe a todos nós, actores empenhados e envolvidos nesta dinâmica de acção na intervenção educativa.

A Investigação/Acção no campo da animação é muito escassa, diz-nos Serrano (citado por Trilla, 2004), porém, os que se dedicam a estes assuntos têm dado prioridade à acção.

"A investigação em animação sociocultural:

  • Tenta qualificar a animação de forma directa e indirecta, apesar dos resultados produzirem efeitos a médio ou a longo prazo.
  • Introduz uma certa racionalidade nas práticas e exprime o seu entusiasmo em conhecer as características dessa mesma realidade.
  • Contribuir para sistematizar o processo de aplicação da mesma, orientado para dar forma à nossa acção criticamente informada e comprometida através da qual possamos viver, consequentemente, os seus valores." (Ibidem)


Trilla (2004) apresenta-nos 2 tipos de metodologias que caracterizam a investigação em animação. Por um lado, as Metodologias Quantitativas e Empírico/Analíticas que se centra nos aspectos quantitativos dos fenómenos sociais e educativos. No entanto, o seu âmbito de aplicação fica reduzido a fenómenos observáveis susceptíveis de mediação, controlo experimental e análise estatística.
Ainda que esta perspectiva metodológica não possa abordar oa múltiplos aspectos da realiddae sociocultural e educativa, as suas contribuiçoes são muito valiosas.
As Metodologias Qualitativas e Humanístico - Interpretativas e Orientadas para a Mudança, orienta-se para a descrição e a interpretação dos fenómenos socioculturais e interessa-se pelo estudo dos significados e intenções das acções a partir da perspectiva dos próprios agentes sociais.

Como metodologias orientadas para a mudança, podemos aludir à Investigação/Acção; à Investigação Participativa e Avaliativa.


Investigação/Acção, metodologia de investigação orientada para o aperfeiçoamento da prática mediante a mudança e para a aprendizagem a partir das consequências das mudanças: é participativa; segue uma espiral de ciclos de planificação, acção, observação e reflexão.

A Investigação/Acção deve estar definida por um plano de investigação e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos e regras. São as chamadas fases neste processo metodológico.

De entre várias propostas destacaremos a proposta apresentada por Pérez Serrano.
Na perspectiva de Perez Serrano (citado por Trilla, 2004), um processo de Investigação/Acção tem de passar pelas seguintes fases:
1. Diagnosticar ou descobrir uma preocupação temática «problema».
2. Construção de um plano de acção.
3. Proposta prática do plano e observação da maneira como funciona.
4. Reflexão, interpretação e integração de resultados. Replanificação.


TRILLA, Jaume (coord.). (2004). Animação Sociocultural Teorias Programas e Âmbitos. Lisboa. Instituto Piaget.
QUINTAS, Sindo Froufe. (1998). Las Técnicas de Grupo en la Animación Comunitaria. Salamanca: Amarú Ediciones.


Metodologia de Trabalho de Projecto

A Metodologia de Trabalho de Projecto é uma proposta pedagógica recente que torna possível o desencadear de um verdadeiro crescimento profissional e pessoal.

Segundo Barbier, a Metodologia de Trabalho de Projecto caracteriza-se por ser desenvolvida em equipa, com pesquisa no terreno, por dinamizar a relação teoria-prática e aprender, num processo aberto, produzir conhecimentos sobre os temas em estudo ou intervir sobre os problemas identificados. Todo o desenvolvimento parte de uma planificação flexivel e passivel de ser alterada segundo as necessidades do projecto.
Na teoria integra conhecimentos adquiridos e desencadeia a aquisição de novos conhecimentos e experiências.
Na prática humaniza-se e socializa-se o saber.
É uma metodologia que trabalha a antecipação e mobilização da acção e a transformação.

Objectivos:
  • Desenvolver trabalho em equipa
  • Identificar e possibilitar a compreensão dos problemas
  • Perceber o investigador como Pessoa Reflexiva
  • Possibilitar o crescimento/desenvolvimento a todos os níveis
  • Promover todos e cada um
  • Estimular a cooperação entre os elementos de comunidade educativa
  • Permitir o desenvolvimento equilibrado da Pessoa Humana
  • Privilegiar as dinânicas de grupo
  • Contribuir para a maturação da pessoa

Etapas:

  • Escolha do problema
    - Em discussão, a equipa detecta um problema;
    - Em pequenos grupos , formulam-se problemas mais concretos;
  • Estabelecer Plano de Acção
    - Como se vai proceder;
    - Que dados precisam de recolher;
    - Onde poderão obtê-los;
    - Divisão de plano em tarefas;
  • Partida para o campo
    - Contacto com a realidade;
    - Encontro de equipas, de tempo a tempos, para reflectir sobre o que se está a fazer;
    - Poder haver reformulação do problema inicial perante novos problemas que, no entanto, tenham surgido;
    - Novas interrogações;
  • Organização dos dados obtidos
    - Estudar material;
    - Confrontar dados;
    - Discussão, análise, organização de dados e encontro de algumas respostas;
  • Dar a conhecer aos outros os resultados obtidos.

Avaliação:

"É um conjunto de actividades que serevm para emitir um juízo, fazer uma onderação ou medir "algo"". Ander-Egg


  • A avaliação não é sinónimo de "classificação" devendo cumprir outros objectivos; não é só a certificação de resultados alcançados devendo cumprir outras funções. Não é só o controlo dos intervenientes devendo atender a outras dimensões. A avaliação não deve limitar-se a padronizar os avaliados. Em animação sociocultural a avaliação não se realiza só no final do processo, devendo realiuzar-se em outros momentos

No processo de avaliação, para Rivière devemos ter em conta:

  • Quem avalia
    Vários agentes o podem fazer: o animador, os administradores, os responsaveis pelos diferentes orgãos, como as associaçoes, etc. Existem vários níveis de decisão e o ponto de entrada no sistema avaliativo é a decisão subsequente e quem a toma.
  • O que avaliar
    O objecto de avaliação pode ser encontados entre uma multiplicidade de aspectos. Está contido em diferentes níveis de decisão:
    - nível do animador;
    - nível dos intervenientes;
    - nível do projecto;
    - nível da instituição;
  • Como se avalia
    Sobre os meios, os processos e as técnicas de avaliação existem formas de obtenção e captação de dados, desde o questionário ao registo video, passando pela entrevista, testes padronizados e fichas de observação.
  • Quando se avalia
    Diz respeito à inserção de acção avaliativa no processo sociocultural. Usualmente refere-se à avaliação inicial, avaliação final, avaliação do processo, seja contínua ou pontual, como os momentos de avaliação.
  • Porquê avaliar
    O porque de se avalair encerra uma série de paradigmas relacionados com a própria avaliação, o que está em causa são as justificações filosóficas que guiam e estão subjacentes às acções avaliativas.
  • Para que se avalia
    Está relacionado com as funções de avaliação, admite-se que as decisões avaliativas cumpram 4 funções:
    - Diagnóstica
    - Prognóstica
    - Formativa
    - Sumativa

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Métodologia / método / técnica

A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então, as etapas que se devem seguir num determinado processo. Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc) do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. A metodologia pode ser dividida em vários métodos até chegar num determinado objectivo.
Método (do Grego methodos, met' hodos que significa, literalmente, "caminho para chegar a um fim"). “O método é o caminho que se deve seguir para alcançar a verdade nas ciências.” (Descartes, 1981) O método consiste, então, no processo de pesquisa e na recolha do caminho que nos irá levar ao objectivo pretendido. É um processo racional e sistemático, e implica o recurso a técnicas adequadas ao objecto de investigação.
Segundo Grawitz (1993, citado por Carmo, 1997, p.175), "métodos é um conjunto concertado de operações que são realizadas para atingir um ou mais objectivos, um corpo de princípios que presidem a toda a investigação organizada, um conjunto de normas que permitem seleccionar e coordenar as técnicas".
Os métodos constituem de maneira mais ou menos abstracta ou concreta, precisa ou vaga, um plano de trabalho em função de uma determinada finalidade.Assim sendo, entende-se por método um conjunto de procedimentos utilizados pelo pensamento para atingir o conhecimento, recorrendo para o efeito, a determinadas técnicas que deverão ser criteriosamente selecionadas tendo em conta o tipo de trabalho.
A mesma autora define técnicas como procedimentos operatórios rigorosos, bem definidos, transmissíveis, susceptíveis de serem novamente aplicados nas mesmas condições, adaptados ao tipo de problema e aos fenómenos em causa. A escolha das técnicas depende do objectivo que se quer atingir, o qual, por sua vez, está ligado ao método.
Numa visão mais humana a Vikipédia define técnica como sendo o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objectivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra actividade. Estes procedimentos não excluem a criatividade como factor importante da técnica, como os conhecimentos técnicos e a capacidade de improvisação. A técnica não é privativa do homem, pois também se manifesta na actividade de todo ser vivo e responde a uma necessidade de sobrevivência. No animal, a técnica é característica de cada espécie. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e caracteriza-se por ser consciente, reflexiva, inventiva e fundamentalmente individual. O indivíduo aprende-a e fá-la progredir.
Só os humanos são capazes de construir, com a imaginação, algo que logo podem concretizar na realidade. Campos de acção: o campo da técnica e da Tecnologia responde ao interesse e à vontade do homem de transformar o seu ambiente, procurando novas e melhores formas de satisfazer as suas necessidades ou os seus desejos. Esta actividade humana e ao seu produto resultante, chamamos técnica e Tecnologia, segundo o caso. A técnica também pode ser passada de geração para geração. A palavra tem origem do grego techné cuja tradução é arte. A técnica, portanto, confundia-se com a arte, tendo sido separada desta ao longo dos tempos.

Animação Sociocultural

“(…) a animação sociocultural parte de uma atitude de não indiferença face aos problemas e necessidades de uma dada comunidade, da sua hierarquização em ordem à sua resolução no quadro do bem comum e do bem particular de cada um dos membros da mesma comunidade (…)
Assim como apreensão dos valores implica sentimento-juízo-acção, assim também será tarefa do animador olhar-pensar-realizar os valores na sua própria acção e, porque esta acção é acção educativa, também promover a sua realização por outros (...)
Na animação sociocultural, como em geral na educação partimos, não do Ser, mas do ser dinâmico dos seres humanos, da sua relação com os seres, em vista de eles próprios serem mais e melhor”. (Azevedo, 2008)
Partindo da citação supracitada, a Animação Sociocultural propõem, uma Educação e uma Formação transformadoras e comprometidas com os valores da igualdade, da democracia, do diálogo, da justiça social, baseadas numa participação activa para daí resultar uma democracia como prática vivenciada.
A Cidadania passa a ser cada vez mais um processo participante pela contribuição dos individuos que colaboram com a sua reflexão e crítica colectiva para o debate público, criando assim uma sociedade cívil participativa. Este processo de participação activa por parte dos cidadãos acerca da Cidadania leva-nos a perceber que o contexto sócio - cultural é fundamental na contribuição para a evolução.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Grelha fílmica "A guerra do fogo"

Ficha Técnica

Director: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny
Roteiro: Gérard Brach
Fotografia: Claude Agostini
Trilha Sonora: Philippe Sarde
Duração: 97 min.
Ano: 1981
País: França/ Canadá
Género: Aventura
Análise Globalizante
Exposição dasideias principais - Considero um filme muito bom do ponto de vista cinematográfico. As personagens apresentam uma boa caracterização e exibe filmagens de locais absolutamente maravilhosos. Para além de tudo isto, transmite várias mensagens importantes para as nossas vidas.

Segundo o filme, desde os nossos antepassados que existe uma grande luta pelo poder, neste caso concreto, a luta pelo fogo. Lutava-se por algo que não se conhecia a sua origem, só se sabia que existia, mas não se sabia como. Após se descobrir como se produzia o fogo, as lutas terminaram.
O filme transmite-nos a importância das relações humanas, de como a parte emocional e os afectos são importantes no dia-a-dia dos seres humanos, por mais primórdios que sejam.
Apresentação dos aspectos positivos / negativos - Apesar do filme não ter legendas, é bastante perceptível. As mensagens são transmitidas com muita transparência.
Quanto aos aspectos negativos, não encontrei.
Pertinência pedagógica - Este filme faz-nos reflectir sobre a origem do Homem.
Ao longo do filme dei por mim a reflectir muitas vezes sobre a origem do ser humano. O que teve que conquistar, quanto teve que lutar, o que evoluiu…

“A guerra do fogo” reporta-nos para uma realidade que nos faz pensar… Quantos de nós se viu numa situação de luta por algo que queremos muito? No nosso íntimo, no nosso inconsciente,temos impulsos selvagens que numa situação de sobrevivência vêm ao de cima. Reagimos por vezes de forma selvagem e impulsiva quando sentimos em perigo a nossa vida, um ente querido, ou um bem precioso,nesta sociedade que consideramos civilizada e evoluida, tal como reagiam os nossos antepassados pelo fogo.

No entanto, os sentimentos, os afectos, o amor ainda consegue transformar e modificar a vida das pessoas. É com esta esperança que no fundo os seres humanos vivem. Por mais fortes e frios que sejam, os homens procuram sempre o verdadeiro amor.

È um filme que poderá ser analisado pelas diferentes ciências, a antropologia, a sociologia, a psicologia, a história.
Palavras-chave - Fogo – Luta – Culturas – Humanidade – Sensações - Sentimentos
Análise Concentrada
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história) - Este filme narra a história de uma tribo que tinha na sua posse um elemento muito importante, o fogo. Possuíam o elemento, mas desconheciam a forma de produção.
Um dia, a chama é roubada por outra tribo, apesar da intensa luta.
Para a reconquistarem enviaram três elementos. Estes homens enfrentaram tempestades, guerras, percorreram vales e montes, enfrentaram tribos inimigas, inclusive canibais, animais selvagens. Depararam-se com tribos mais evoluídas, aprenderam técnicas de artesanato, de pintura corporal, de cerâmica, aprenderam a lançar flechas, a construir cabanas, a conhecer ervas medicinais, a viver de maneira diferente e principalmente aprenderam a arte de produzir o fogo por atrito.
Nesta caminhada, para além de tudo o que foi descrito anteriormente, um dos jovens aprendeu algo que não é quantificável. Sentiram…para além da linguagem, expressões como o sorriso e o humor foram importantes, se bem que de forma involuntária.
O Amor também é transmitido no filme, quando um dos elementos que vai em busca do fogo se apaixona por uma mulher de outra tribo.
Auto-avaliação - Considero que seja um filme muito bom. Dou-lhe nota 5.
A nível Social: viver em grupo e proteger o espaço territorial.
A nível Religioso: idolatrar e cuidar de algo valioso (o fogo).
A nível Sexual: promiscuidade, ingenuidade, inexistência de culpa e/ou sentimentos. O modo de como homens e mulheres conviviam.
A nível Cultural: utilização dos símbolos que transformaram o homem.
A nível Educativo: a forma de comunicar, de se expressar, de esta, de se adaptar ao meio.

Dimensões da Educação

No universo educativo existem três áreas de educação:
  • A formal;
  • A não formal;
  • A informal.


Não existe um consenso generalizado sobre o que é a educação não formal, podemos considerá-la como uma educação não regulada por normas rígidas, aquela que se realiza fora do marco institucional. Como exemplo podemos citar a educação à distância, uma vez que não é presencial e rompe com a definição de espaço e tempo da escola.
Trilla (citado por Lopes, 2006, p.406) “Entendemos por educação não formal o conjunto de processos, meios e instituições específicas e diferencialmente desenhados em função de explícitos objectivos de formação ou de instrução, que não estão directamente dirigidos à provisão de graus próprios do sistema educativo regulamentado.”

Uma das virtualidades educativas da educação não formal consiste em incitar, motivar, potenciar, enquadrar a educação formal através de actividades que conferem sentido, partilha, interacção e envolvência no acto de educar.


Para o mesmo autor a educação formal e não formal distinguem-se, não pelo seu carácter escolar e não escolar, mas sim, pela sua inclusão ou exclusão no sistema educativo regulamentado.
Para Ander-Egg (1999, p.31) a educação não formal também chamada por educação extra-escolar, "é aquela que se dirige a pessoas de todas as idades, escolarizadas ou não, através de uma intervenção educativa fora das instituições educacionais institucionalizadas. Na educação não formal não existe o propásito de obtenção de um reconhecimento oficial, quer seja diploma, crédito, grau académico ou certidão de capacitação."


Assim sendo, desde o ensino pré-escolar aos estudos universitários, podemos concluir que a distinção é meramente administrativa, legal.
“A educação formal resulta de uma acção educativa que requer tempo e aprendizagem, é regida por um sistema formal de administração competente e é levada a cabo na escola. É uma educação dirigida para obtenção de títulos académicos e é concebida para alcançar objectivos previamente definidos por instâncias superiores competentes.” (Lopes, 2006, p.406)


A educação formal pode e deve apoiar-se nos espaços não formais e informais para suscitar mais empenho, mais motivação, mais sentido, mais envolvência, mais humanismo e ter mais êxito. Na mesma linha de pensamento, o autor aborda a tríade educacional formal, não formal e informal como sendo, complementares. Uma não anula a outra, devem coabitar harmoniosamente, pois só assim se contribui para o sucesso educativo da pessoa.


A educação informal é o produto da acção da família e dos meios de comunicação de massas. Caracteriza-se pela ausência de um princípio de sistematização e estrutura orgânica, resulta das relações espontâneas da pessoa com o meio em que está inserida.
“Estas modalidades de aprendizagem não formais, não institucionalizadas prevalecem até aos nossos dias.” (Faure, citado por Lopes, 2006, p.407)

LOPES, Marcelino. (2006). Animação Sociocultural em Portugal. Chaves. Intervenção.

ANDER-EGG, Ezequiel. (1999). O Léxico do Animador. Amarante. ANASC.